quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Primeiro Perengue

Saida dia 4 de janeiro de Cascavel, chegada ainda a noite em Campo Grande em uma rodoviària que é mais digna da Bolivia do que de uma capital brasileira, mas tudo bem, dizem que eles estao construindo outra.




Consegui pegar onibus para Corumbà ainda no mesmo dia, oque é muinto bom, ja que ai nao preciso pernoitar, na verdade essa é a melhor que quem quer gastar pouco viajando pode ouvir, ¨tem onibus para hoje¨.




Chegada em Corumbá no dia 5 cedo, pronto ai comessa a viagem propriamente dita, porque ai comessa os perengues. Corumbá por estar na fronteira é um misto entre Brasil e Boliva, leia-se ¨tem os defeitos do Brasil misturados aos defeitos da Bolivia¨.




Cheguei por volta das 6 e 30 mas a agencia da ANVISA só abre depois das 8 da manha. Fui tomar café entao, e descobri que nao se deve pedir bolo de carne em corumbá.




Quando voltei na ANVISA encontrei a Fernanda e o Marcos, que foram companheiros de viagem até Santa Cruz de La Sierra. Depois de muinto esperrar nos atenderam, de forma bem Brasileira, ou seja, papearam um monte sobre nossa viagem e tudo mais e demorram um século para imprimirem as carteiras internacionais.




Travessia para Porto Quijaro normal, na aduana Boliviana tabém nao houve maiores problemas. A cidade de Quijaro é muinto suja e bem feinha mas o povo é bastante amistoso, oque acontece em geral na Bolivia.




Primeiro perengue. Tren para Santa Cruz de La Sierra apenas para quarta feira. A idèia de esperrar em Quijaro ou em Corumbá dois dias nao anima ninguem para quem conhece as duas cidades. Entao nós e outros mochileiros esperramos entrar em uma espècie de sobra de vagas que segundo o pessoal que trabalha lá existe em cada tren. Meio dia, chega o tren e nada do pessoal da seguransa deixar alguem entrar. Ainda existia a possibilidade de onibus, mas nao é nada animador pegar onibus na Boliva, além do mais, passar pela Bolivia sem conhecer o famoso ¨trem da morte¨ nao estava nos planos de ninguem. Ai apareceu um boliviano que disse que poderia nos levar até uma parada do trem onde nao era necessário tikets de embarque, alguns quilometros a frente, para nao ficar mais tempo em Quijaro aceitamos ir. A primeira surpresa foi o carro que aquele senhor tinha para nos levar, a primeira vista voce duvidava que aqula coisa pudesse se locomover, e voce quase acertaria se apostasse nisso, primeiro que nao funcionava o acelerador, entao ele tinha que amarrar um arrame direto onde deveria estar o cabo do acelerador de pé e puxar com a mao quando quisesse acelerar, nao adiantava muinto porque poucas vezes ele conseguia engatar uma segunda, provavelmente teria fundido o motor se nao tivesse desitido da tentativa e passado agente para outro ¨taxista¨ de Quijaro. Chegando no ponto onde o trem deveria parar, com um sol escaldante, encontramos um outro boliviano que dizia que estava tudo bem pegar o trem ali, ele sempre fazia isso, ok acreditamos nele entao e esperramos. Quando o trem chegou veio parrando bem devagarzinho e por um momento nao pareceu que ia parrar realmente, entao o boliviano se pos a correr e entrou no trem em movimento, se ele que conhecia fez isso, eu o Marcos e a Fernanda o seguimos, foi muinto engrassado, se eu nao estivesse tao preucupado em agarrar algo para subir no trem provavelmente teria tirado uma foto. E o mais engrassado foi que quando conseguimos subir no trem o maldito parou, e ai a vergonha em passar pelo vagao com as pessos olhando para agente com aquele olhar de ¨nao era necessario tudo isso¨, mas tudo bem, realizada mais uma coisa para fazer antes de morrer ¨entrar em um trem em movimento¨.




Nao foi dificil encontrar poltronas vazias no trem para nos sentarmos, depois descobrimos o porque disso.




O trem da morte nao chega a ser o que falam dele em alguns aspectos, ficamos na chamada primeira classe, que nao tem nada com primeira classe como esperramos no Brasil. Bancos nao reclinaveis, um pouco sujo, e muintos pequenos chorando, outra coisa que no inicio parece engrassado mas depois fica bastante inritante, sao os vendedores de chás e pomadas milagrosas e as centenas de vendedores de sucos, aguas, pollos ( frango) e pescados, esses ultimos muito duvidosos, alias os sucos sao algo engrassado tambem, porque quando alguem toma elssa pessoa devolve a garrafa plastica que provavelmente vai ser cheia novamente com suco e vendida para outra pessoa em algum lugar do trem.




Quando o trem chega em alguma parada ele é invadido por milhares de pessoas, tentando vender algo, os vagoes ficam cheios de uma forma que mesmo que vc estiver sentado vai ter que fazer algum contorcionismo para permitir a movimentassao no vagao. Nessas paradas pode entrar alguma pessoa que tem um tiket com o numero da sua poltrona, ja que agente nao tinha comprado anteriormente, ai voce tem que ficar pulando de poltrona em poltrona durante boa parte da viagem, oque é bem desagradavel em uma viagem de vinte horas.




Mais ou menos perto da meia noite o maquinista do trem avisou que o trem ia ficar parado por pelo menos uma hora e meia porque existia algum problema de facil resolussao mas que demandava a vinda de um mecanico, no inissio isso foi bastante chato, ficar olhando para um trem parado e sendo comido vivo por insetos


Mas ai, alguns brasileiros tinham trazido um violao e comessaram a tocar, atraindo todos os brasileiros que estavam no trem, e como bom brasileiros a roda de violao estava apenas á alguns metros de um boteco que vendia cerveja quase gelada. Derepente a viagem comessou a ficar interressante até, tanto que quase passou despercebido o tem apitando e chamando todos para dentro. Voltamos todos para o trem esperrando o reinicio da viagem, quando ouvimos o maquinista avisar que aquela locomotiva nao poderia mais prosseguir e que teriamos de esperrar mais umas tres ou quatro horas, ai foi cerveja e papo até a chegada da locomotiva.